quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

PRIMÍCIAS - UMA QUESTÃO DE HONRA. PARTE I

- PRIMÍCIAS, VIDA ABUNDANTE –



Textos: Malaquias 3, 8-10; Provérbios 3, 9-11; Joel 1, 4;


Aprendemos durante vários anos da nossa vida, em nossas igrejas, que a nossa obrigação financeira era somente com o dízimo e com as ofertas. Quanto ao primeiro, aprendemos que, de tudo que recebermos, deveremos tirar o dízimo, o que equivale a 10% da nossa renda. No entanto, quanto às ofertas, vivemos um ledo engano, pois pensávamos que o exposto em Ml. 3 referia-se a ofertas alçadas voluntariamente. Mas, pergunto: como podemos roubar aquilo que nos é voluntário entregar? Impossível. Dessa forma, o texto refere-se a outro tipo de oferta.

O pastor J. Rubens, em seu livro “Quando Deus me revelou as primícias” traz uma revelação muito importante e necessária à igreja: Estamos roubando a Deus inconscientemente por não termos sido devidamente instruídos. Esse roubo dá-se nas ofertas de primícia.

Primícia é um tributo pago ao sacerdote que ministra sobre a sua vida, enquanto oferta voluntária é dada quanto e quando nos convier.

Lemos em Hb. 7,7 que o inferior é abençoado pelo superior. O superior é credor, enquanto o inferior é devedor. Deus não faz acepção de pessoas, mas na hierarquia eclesiástica, a quem muito é dado, muito é cobrado. Nessa ótica, os pastores são postos em posição superior, e as ovelhas na inferior, por uma questão de autoridade e subordinação. Dessa forma, as ovelhas devem produzir mantimento e gerar mais ovelhas; enquanto o papel do pastor é cuidar do rebanho.

O homem que não se submete ao próprio homem terá dificuldades de se submeter a Deus (I Jo. 4, 20).

O pagamento das primícias deve ser dado:

  • Como honra: O primeiro de tudo o que dermos a Deus é do sacerdote (Nm. 18, 12-13);
  • Como tributo a Deus (Gn. 4, 1-7): Devemos dar de coração, sem murmurar. Caim ofereceu uma oferta voluntária (minchah); enquanto Abel a primícia (bekoraw).

Vemos em Dt. 26, 1-15 que Primícia é para os sacerdotes; enquanto o dízimo é para a manutenção da igreja. No livro de Neemias 10, 37, confirma-se o supracitado, assim como em II Crônicas 31, 4-5 e Ezequiel 44.

Enquanto o dízimo protege o nosso patrimônio, a primícia o santifica.

Nos textos acima vemos uma clara distinção entre a obrigação da entrega dos dízimos e das primícias. São situações distintas. O primeiro equivale a 10% da nossa renda; enquanto a primícia é o valor do nosso primeiro dia de trabalho, isto é, o valor da sua renda mensal dividida por 30 (dias). Exemplo: Se o salário mensal for R$ 900,00 o valor da primícia será R$ 30,00 e deverá ser entregue diretamente nas mãos do sacerdote, e não no gasofiláceo. O sacerdote dispensará uma bênção financeira sobre a vida do ofertante e da sua família. O dízimo será dado do valor mensal já abatido o valor da primícia.

Existe, ainda, a oferta de socorro, que é dada ao profeta de ofício (I Co. 12, 28). Assim sendo, forma-se a tríade também na área da finança, a saber:

  • A primícia equivale ao Espírito Santo e, consequentemente, aos sacerdotes;
  • Dízimo equivale ao Deus Pai, e consequentemente, aos levitas;
  • A oferta de socorro equivale ao Deus filho, e é destinado aos profetas.

O nosso povo necessita de Libertação Financeira. Em Joel 1, 3-4, o profeta fala que “[...] o que deixou o gafanhoto cortador, comeu-o o gafanhoto migrador; o que deixou o migrador; comeu-o o gafanhoto devorador; o que deixou o devorador, comeu-o o gafanhoto destruidor”. Vemos, assim, que existem demônios específicos que afligem a nossa área financeira. Vejamos detalhadamente cada um deles:

  • Gafanhoto cortador: Seu nome é GAZÃ e vem do abismo, muito mais para cortar do que para comer a planta. Ele corta o potencial do Senhor existente em nossas vidas. Quando encontra brechas na vida do homem, ele impede que bênçãos adicionais cheguem à sua vida. Ele tem 04 formas de atuação, a saber: 1- Nos traz um sentimento de ansiedade e de precipitação para roubar aquilo que o Senhor tem à frente (I Sm 13, 5-14); 2- Age tirando das nossas mãos o potencial para a batalha (I Sm. 13, 19-22); 3- Age mostrando a situação caótica e exibindo seu poderio para desanimar e colocar a perspectiva de derrota no servo de Deus (I Sm. 17, 4-7. 23-24); 4- Age dando os referenciais errado para que usemos suas próprias armas e não entremos em vitória (I Sm. 17, 37-39). Algumas atitudes podem ser tomadas para vencermos essa potestade: 1 – Reconhecer a unção que há sobre ti, e não se dobrar ainda que a situação seja caótica (I Sm. 17, 42-46); 2 – Usar as armas que o Senhor te deu e cancelar definitivamente o comando do cortador (I Sm. 17, 49-51; Is. 54, 16-17).
  • Gafanhoto migrador: Ele passa de um lugar para outro, destruindo o que o anterior não destruiu. Os dois espíritos ligados a ele são: Iansã: Guerreira impetuosa, cheia de volúpia e sensual. É indecente e temperamental. É chamada de Santa Bárbara ou em Sr.ª da Candelária; Exu Elegbará: De aspecto múltiplo e contraditório. É iracundo, astucioso e provoca acidentes e calamidades, como narrado em Jó; é oportunista e traiçoeiro (Jz. 6, 1-6). O migrador aproveita a brecha deixada pelo cortador (Jz. 6, 1-2); ele vem repentinamente para roubar o fruto da colheita quando não o consagramos a Deus (Jz. 6, 3-5); debilita o povo, abrindo caminho para destruições maiores ainda (jz. 6, 6-8); traz. Também, sentimento de pequenez e abandono (jz. 6, 12-13). Para vencê-lo, temos que: 1- Entender que o Senhor não te abandonou e que não há mal sem causa, que perdure (Jz. 6, 10-14); 2- Oferecer sacrifícios ao Senhor que habilitem a bênção e quebrem a maldição do migrador (Jz. 6, 24-26); 3 – Adotar posturas diligentes para que nunca mais haja comprometimento por parte da entidade (Jz. 7, 5-7).
  • Gafanhoto devorador: “É um tipo violento que leva ao prejuízo e à falência. São arrasadores e geram misérias, dor, dívidas, prejuízos, fome, insônia e desemprego. Sua vítima tem sua casa e bem tomados, não conseguem pagar compromissos, são envolvidos em negócios desonestos e perigosos, seus bens são levados a leilão, sofrem ameaças de morte por dívidas, ficam sem crédito, sem moral e sem valor. Tornam-se um lixo, sendo rejeitados até pelos amigos, só contam misérias e desgraças.” (Almeida, p. 115). (Ml. 3, 6-12). É uma praga bíblica e uma nuvem deles já atacou os EUA entre 20 e 30 de junho de 1874, atingindo uma área de 514.400 km2. É uma legião de demônios mais forte que as anteriores. Eles fecham todas as portas não deixando a pessoa ganhar dinheiro e nem arrumar emprego. O crente que não entrega os dízimos e primícias abrem portas de legalidade para o devorador tirar o suor de seu rosto. Este mal é irrecuperável. Observe em Joel 2, 25 que a restituição prometida por Deus não contempla o ataque do devorador. Devemos ajudar financeiramente apenas aqueles fiéis dizimistas que, por algum motivo, apertou-se. Os que não são fiéis estão apenas pagando pelos seus atos de desobediência. O dízimo e a primícia são os únicos antídotos contra o devorador.

O principado do destruidor é a última das entidades a ser combatida. É conhecido como ABADON (HEBRAICO) ou APOLIOM (GREGO). Tem em seu apoio Camos (ou Kenosh), que é um espírito de prostituição, recebendo sacrifícios de crianças (II Rs. 3, 26-27) e incesto (Gn. 19, 31-37). Tem também o apoio de Iansã, Logun Edé, Oxumaré Obaluaiê, Omulu e Xapanã, Exu Caveira, dentre outros. Eles usam de pessoas que nunca puderam ser como nós e então se associam com outros para nos destruir (Nm. 22, 1-4) e forçam a barra para terem base legal sobre nós para nos destruir (Nm. 23, 7-12).

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