sábado, 26 de setembro de 2020

 SÉRIE: ADICÇÕES NA BÍBLIA


GIDEÃO – ADICÇÃO: MEDO 

Juízes 6 

 

É possível vivermos sem medo? Até onde ele pode ser prejudicial a cada um de nós? 

A história de Gideão demonstra que os planos de Deus não seguem os padrões humanos e as pessoas que Ele escolhe ou como irá usá-los não são necessariamente da mesma forma que pensamos.  

O povo de Deus estava sofrendo. A fome e a perseguição eram frequentes e não tinha ninguém, aparentemente, capaz de ser usado para libertá-los. Muitos, levados por seu orgulho, consideravam-se aptos, mas o seu coração não era temente ao Senhor suficientemente, e isso impedia que fossem escolhidos para essa missão.  

A pessoa menos provável foi enxergada por Deus. Gideão, ao ser convocado, temeu e seu medo quase o impediu de entrar na história como um dos valentes do Senhor. Esse seu sentimento distorcia a sua visão e invertia os valores. Não o deixava enxergar onde estava a falha do povo e atribuía a Deus a culpa pela situação que passavam.  

Muitos de nós desistimos de viver, ainda que a vida ainda exista em nosso corpo. Comportamo-nos como se já estivéssemos mortos, sem esperanças e nem vontade de lutar. São levados a crer que não têm capacidade para realizar algo com sucesso, ou que não tem nenhuma possibilidade de vencer seus vícios e pecados. Chegam a estar no fundo do poço, mas o seu medo o impede de tomar um impulso para sair daquele estado de conformismo.  

Quem sempre se subestima torna-se alguém que tem medo de arriscar e que prefere ficar em segundo plano. Desiste de sonhar, não quer estudar ou se preparar para algo melhor que Deus tem para a sua vida. Esconde-se atrás dos seus fracassos e confia seus conflitos a pseudos amigos, descontando suas frustrações nas drogas ou nos frutos da sua carne pecaminosa.  

Quando decidimos confiar a nossa vida à Deus não vivemos mais sob o medo patológico. Ele já não mais nos controla, e substituímos esse sentimento pelo temor ao Senhor. Os conflitos em nossa vida continuam a existir, mas o tamanho desse “gigante” torna-se infinitamente menor. Com a coragem que o Espírito Santo nos dá destruímos todos os ídolos que temos em nossa vida que nos impede de enxergar. Muitas vezes temos em nosso altar a incredulidade, a desconfiança e a incerteza, mas a presença de Deus em nós faz com que tudo isso seja substituído pelo prazer de confiar n’Ele. 

Façamos teste com Deus. Ele conhece o nosso coração e responde quando ele vê franqueza em nós. O anjo do Senhor atendeu aos pedidos de confirmação de Gideão, mas não atendeu às provocações dos adversários de Jesus como em Mateus 16. Quando nosso coração está direcionado às coisas do altíssimo temos coragem de dialogar com o Senhor, expondo nossos medos e frustrações. Tomamos posse da afirmação do anjo de que Deus nos ajudará.  

Confiemos nas promessas do Senhor para a nossa vida. Levantemos os nossos olhos e saíamos do lugar do nosso comodismo, pois há algo muito maior nos esperando. Todos os fracassos passados e as amarguras sofridas sejam deixados para trás, pois se esses sentimentos tivessem mudado o nosso passado não estaríamos lutando contra a vergonha hoje. Em Cristo somos mais do que vencedores.  

 

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