quarta-feira, 30 de setembro de 2020

SÉRIE: ADICÇÕES NA BÍBLIA

SANSÃO – SEXO / NARCISISMO

Jz. 13 – 16

 

Já dizia Salomão que tudo é vaidade, e que a beleza exterior é efêmera. A própria vida ensina-nos isso, pois vemos como o tempo age inexoravelmente sobre todos. Mesmo assim, é comum nos iludirmos com aquilo que é passageiro.

Sansão foi um homem agraciado por Deus com a força e a beleza e aprendemos com a vida desse personagem que nada disso tem valor algum longe do Senhor. Não conseguimos vencer nossas adicções sem a intervenção divina.

Muitas vezes vivemos num mundo de ilusão e imaginamos que o culto ao corpo é tudo o que precisamos. Se formos aceitos pela sociedade, todas as demais coisas serão secundárias. Isso afeta, inclusive, a muitos cristãos, que se escondem atrás de uma máscara de santidade, mas é dependente de pornografia e do narcisismo.

Sob a alegação de que não existe cristão perfeito muitos vivem com uma bengala espiritual, dando desculpas ao seu erro e considerando tudo normal, mas um dia a conta chega. Nada fica encoberto e o confronto é inevitável.

Sansão tinha tudo para entrar na história como um grande homem, cujo nome fosse admirado, mas ele não conseguiu desfrutar e nem compartilhar o amor de Deus e o amor dos outros. Por causa da sua vaidade e da dependência pelo sexo, ele nunca cumpriu o seu propósito na vida.

A Bíblia fala que Deus se afastou de Sansão e ele não percebeu. Quando nossa vida é destinada a satisfazer os desejos da carne fatalmente nos distanciamos do Senhor e a nossa vida entra em regressão. Sansão foi avisado de todas as formas da cilada que ele estava se metendo. Dalila deixou claro que ela estava irritada porque tentava enfraquece-lo, mas não conseguia. O pecado dele o cegou e ele não via a tragédia iminente.

De todos os pecados, os de natureza sexual é o que mais prende o indivíduo, independente do seu gênero. Homens e mulheres são presas fáceis para esse vício feroz e devemos viver em constante vigilância.

Que nós não desperdicemos nossos dons com a nossa satisfação pessoal e que nunca deixemos de dar valor à nossa família, ministério e amigos, valorizando mais os vícios e pecados.

O fim de Sansão foi igual ao de todos os que escolhem andar no erro, ou seja, a cegueira e a morte. Escolha viver para Cristo e tenha vida!

 

 

 

 


SÉRIE: ADICÇÕES NA BÍBLIA

DÉBORA – ORGULHO

Jz. 4

 

Quando lemos a história de Débora, a princípio, não encontramos nada de errado, mas se olharmos com mais cuidado veremos traços de orgulho e vaidade. Conosco não é diferente: muitas vezes não conseguimos enxergar defeitos em nosso caráter que estão tão evidentes aos olhos dos demais.

Assim como Débora, muitas vezes somos intransigentes, duros, e nos colocamos num patamar imaginário acima dos outros. Consideramo-nos tão justos que acreditamos que a solução dos problemas só irá surgir se nós viermos a intervir. Se isso causa mal aos outros não será diferente conosco, pois causa ativismo e pode nos fazer perder o foco.

A causa do orgulho pode ser variada: para uns, cuidado excessivo dos pais, tornando o indivíduo uma pessoa mimada, querendo que tudo ocorra ao seu tempo e ao seu modo, não se importando como sentimento alheio; do outro lado, encontramos também pessoas que foram rejeitadas e humilhadas e, por isso, tiveram que lutar muito na vida e, uma vez que conseguiu mudar a sua história, acredita que todos tem que sofrer tudo o que ele sofreu se quiser vencer na vida. Considera-se um modelo a todos os demais.

Esse é o grande problema da humanidade: o orgulho gera a vaidade e nos consideramos independentes de Deus, modelo para todos e quase infalível. Minhas habilidades, força, conhecimento, dinheiro, posição social ou quaisquer outras coisas me leva a ser melhor que meu próximo, pensa o tolo em seu coração.

Nossa teimosia leva-nos a buscar nos vícios e nos pecados um escape quando tudo dá errado, ao invés de confiarmos em Deus, já que fomos acostumados a resolver tudo com a força das nossas mãos. Isso nos leva a repetir o mesmo erro várias vezes, e quando percebemos isso vemos que vivemos com remorso sem nunca ter havido um genuíno arrependimento.

Ao contrário de pensarmos que o mundo não funciona sem mim, devemos entender que somos os primeiros a precisar de mudança. Devemos parar de gastar tanta energia somente querendo fazer os outros felizes e olharmos para dentro de nós a fim de percebermos que também precisamos corrigir o nosso caráter.

Quando nossa vida é verdadeiramente entregue nas mãos de Deus abrimos mão da arrogância, eliminamos a autopiedade que nos torna sempre vítima em qualquer situação e entendemos que a dor é inevitável em nossa vida. Agora confiamos que, em Deus, somos tudo aquilo que a Bíblia diz que somos, incluindo o fato de sermos pecadores.

 

 


terça-feira, 29 de setembro de 2020

SÉRIE: ADICÇÕES NA BÍBLIA

RAABE – PROSTITUIÇÃO

Js. 2: 1-21

 

Muitos dos nossos problemas começam na infância ou na adolescência. Neste mundo hedonista somos levados a crer que todo tipo de prazer é bom e está liberado, só não nos contam o preço que iremos pagar por toda a vida.

Os pecados sexuais são os mais degradantes ao ser humano e a fama conquistada persegue o indivíduo para sempre, mesmo após a conversão. Raabe viveu em uma sociedade libertina, em meio a uma família emocionalmente desestruturada e encontrou no sexo uma forma de sobrevivência e sustento.

Existem pessoas que vivem em um lar materialmente estruturado, mas carente de um diálogo saudável e distante do temor ao Senhor Deus. Classe social não define caráter, ainda que as camadas mais carentes estejam sujeitas a se entregar à imoralidade sexual.

Qualquer que seja a situação, o indivíduo é engodado pelo prazer sexual e cada dia começa essa experiência mais cedo. Muitas vezes, influenciado por más companhias, envolve-se nas drogas e na prostituição, usando muitas vezes do sexo para manter o seu vício.

Quem se envolve no mundo da prostituição se expõe ao risco de não manter um relacionamento saudável, pondo em risco a sua família, as suas amizades e o seu futuro.

O pecado sexual causa dor que fica marcada na mente, no coração e na alma. Toda má escolha terá uma má consequência. No entanto, Deus pode restaurar a nossa vida.

Raabe viveu uma vida depravada, mas quando ela teve a oportunidade de conhecer ao Deus de Israel ela não recusou a oportunidade. Abrir os ouvidos para a revelação do Evangelho é a porta de entrada para crer em Jesus.

Mesmo após a conversão, Raabe ainda era vista com desconfiança por muitos por causa do seu passado. Ainda que anos se passem sempre aparecerá alguém para nos apontar o dedo e nos acusar dos nossos erros. Raabe não desistiu e perseverou, e como recompensa fez parte da árvore genealógica de Jesus.

A prostituição e o adultério são ciladas do inimigo. Fuja delas! Ainda que as marcas desse pecado te acompanhem, persevere na nova vida com Jesus. Use o passado para você se lembrar de onde Deus lhe tirou e como parâmetro de onde nunca mais você deve estar.

Deus tem algo grandioso para você, e a decisão é somente sua.

 

 


SÉRIE: ADICÇÕES NA BÍBLIA

MOISÉS – IRA E FALTA DE DOMÍNIO PRÓPRIO

Nm. 20

 

Muitos de nós temos o chamado “pavio curto” e explodimos com facilidade. Isso é característica do temperamento humano e não pode ser mudado, mas pode ser controlado pelo Espírito Santo se o deixarmos controlar o nosso ser.

Moisés, apesar de ter sido criado como um príncipe, levava dentro de si uma mágoa na alma que era a opressão ao seu povo, e como não soube trabalhar esse sentimento, acabou cometendo um assassinato que lhe rendeu 40 anos de exílio.

Quantas vezes nos sentimos desprezados por alguém e queremos fazer qualquer coisa para sermos notados e aceitos! Possivelmente, nos vem à mente que nós não nascemos para brilhar e buscamos refúgio na primeira saída que encontramos, que muitas vezes são as drogas e os pecados.

A infância é o período mais crítico da nossa vida por ser nela a fase que guardamos boas e más lembranças que irão ser fundamentais para as nossas escolhas no futuro. Quanto mais cedo nos aproximarmos de Deus, mas rápido aprenderemos o caminho da cura da nossa alma.

Enquanto não entregamos a nossa vida à Deus, confiando a Ele todos os nossos segredos, não seremos capazes de lidar com nossos traumas e dores. A salvação da nossa alma é gratuita para nós, mas pagamos um alto preço para a nossa cura.

Moisés ouviu a voz de Deus e decidiu mudar a sua vida, permitindo que o Espírito Santo o guiasse. Aquele assassino tornou-se o homem mais manso da Terra, mas isso não o impediu de voltar a pecar. Por não ter vigiado, ele deixou a ira dominá-lo e por um ato impensado não entrou em Canaã.

A nossa rotina deve ser de constante reflexão e vigilância para não darmos vazão aos desejos da carne e assim não mais pecarmos.

 


segunda-feira, 28 de setembro de 2020

SÉRIE: ADICÇÕES NA BÍBLIA

MOISÉS – FUGA

Ex. 3 – 4

 

Qual o primeiro desejo que nos vem à mente quando fazemos algo de errado? Com certeza é fugir!

Muitos de nós fomos criados aprendendo sobre um Deus punitivo, que manda as pessoas para o inferno, e pouco ouvimos falar de um Deus que salva.

É comum encontrarmos pessoas que nasceram com algum defeito físico, ou timidez, e tantos outros que eram taxados de homossexuais por ter sido muito mimado pelos pais. Alguns, acuados pela situação, fogem; outros, acreditam no que falam sobre ele e decide iniciar uma vida de erros.

Com o medo de encarar à Deus, deixamos de seguir a Palavra de Deus e passamos a ouvir conselhos contrários à Bíblia. Com a brecha que abrimos, o diabo prepara bandejas com um banquete pecaminoso que, mesmo que demoremos a perceber, irá nos levar ao fundo do precipício.

“O céu é seletivo; o inferno, é democrático”. Quando pensamos nisso somos levados a refletir sobre a nossa vida para decidirmos que caminho trilhar: seguir no erro ou se converter à Deus. As atitudes erradas do passado, somada às do presente, vão vir à tona para nos acusar e com isso passemos a pensar que não há esperança para o futuro. Foi isso o que aconteceu com Moisés: com medo das consequências, não encarou o problema, mas fugiu. A fuga não resolveu a situação, apenas adiou o inevitável.

Quando Moisés decidiu ouvir a voz de Deus tudo mudou, mas não sem lutas. Quando confiamos a nossa vida a Deus Ele manda o apoio necessário. A hora do confronto com o passado estava chegando e o Senhor mandou Arão para ajudá-lo. Ninguém vence sozinho!

Além de confiar em Deus é necessário que nós deixemos de praticar aquilo que enfraquece a nossa fé. Temos que estipular um alvo e devemos seguir em direção a Ele. O nosso alvo é sermos semelhantes a Jesus.

Os desejos do passado que nos levam a errar irão sempre surgir, mas decidimos não andar sozinhos. Agora, caminhamos com Jesus e possuímos uma força que não tínhamos antes.

Quando chegar o momento do confronto não estaremos mais sozinhos e não será necessário fugir. Nesse momento, teremos força em Deus para superar os obstáculos, removendo-os do nosso caminho.

 

 


SÉRIE: ADICÇÕES NA BÍBLIA

ESAÚ – PRECIPITAÇÃO E DESOBEDIÊNCIA

Gn. 33

 

Quantos de nós já ouvimos falar que o nosso nascimento foi um erro, que não fazemos nada certo e que tudo o que pomos a mão estraga? Muitos podem não ter ouvido isso na família, mas devem ter ouvido na escola ou no trabalho. Até em muitas igrejas ensinam a ter medo de Deus, que é duro e carrasco, e se não o obedecermos, Ele enviará o anjo da morte contra nós.

Aprendemos com a sociedade que o nosso valor está atrelado ao nosso desempenho e muitas igrejas ensinam que jamais alcançaremos a perfeição do nosso caráter, o que se tornou uma muleta espiritual para muita gente.

Todos esses estigmas levam o ser humano a agir com precipitação e desobediência para se tornar algo que não é. O melhor conselho é: “nem tente!”. Viver de aparência só traz dor e constrangimento.

Instigado pelas trapaças do irmão Jacó, Esaú praticou coisas das quais se arrependeu depois. Pagou um preço alto por suas escolhas. Ele não valorizou tudo o que tinha e o que ainda poderia ter. assim como Ló, encantou-se com a beleza da vista em detrimento da honra da visão.

Esaú ficou conhecido como tolo, mas ao contrário do seu irmão Jacó, ele não fugiu, mas permaneceu onde estava e enfrentou as consequências. O tratamento de caráter não é só para o que foge, mas também para o que fica. É necessário que o processo de restauração também alcance a família.

Esaú tomos decisões insensatas, mas o que passou, passou. A amargura só prolonga o sofrimento e ele resolveu mudar o seu comportamento e tudo começou quando ele resolveu perdoar.

A precipitação e a desobediência podem ser vencidas quando entregamos o controle da nossa vida ao Espírito Santo. Ainda seremos tentados até o dia da nossa morte, mas se estivermos em Deus será o Senhor quem nos capacitará a vencer.


SÉRIE: ADICÇÕES NA BÍBLIA

JACÓ – MANIPULAÇÃO

Gênesis 25 – 32

 

A natureza humana desperta em nós os desejos carnais, e a manipulação é uma das estratégias mais utilizadas.

Fomos ensinados que o mundo é dos espertos, mas a inteligência humana longe dos princípios divinos é só ilusão que nos afasta de Deus. Costumamos a fazer as coisas do nosso jeito, buscando resolver os problemas com as nossas próprias forças, ainda que para isso tenhamos que prejudicar alguém.

Quando tudo dá errado o desejo que temos é de fugir, esconder-se num local onde ninguém nos conheça. Ao vermos que nada do que fizemos deu certo lembramos que existe um Deus, e quando recorremos a Ele as coisas começam a dar certo, mas sempre com lutas.

Assim como Jacó, fugir só retarda o enfrentamento das consequências, pois o confronto é inevitável. Enquanto não encararmos os nossos problemas de frente, viveremos fugindo.

Quando entregamos a nossa vida à Cristo entramos num processo de restauração de caráter. Da mesma forma que Jacó fez, não devemos parar de lutar até alcançarmos aquilo que precisamos. A partir daí, iniciamos outras batalhas buscando o nosso aperfeiçoamento em Jesus.

Devemos lembrar que mesmo perdoados por Deus o nosso passado e as consequências dos nossos atos irão nos acompanhar até o fim da nossa vida.

Teremos a aprender a conviver com pessoas que desejarão fazer conosco o mesmo que fazíamos em nosso passado. “O lugar da nossa dor é o lugar da nossa cura”. Deus quer nos usar naquilo em que fomos aprimorados, mas é preciso que mudemos. A habilidade que usávamos para o mal tem que ser transformada e ajustada para fazer o bem.

Sem confronto não há restauração. O desejo pelo pecado, ainda que adormecido, continua lá. Por isso, nossa luta é constante, mas temos a certeza de que, em cristo, somos mais do que vencedores.


domingo, 27 de setembro de 2020

SÉRIE: ADICÇÕES NA BÍBLIA

ABRAÃO – MENTIRA

Gênesis 12:10 e 13:18

 

Um dos pecados mais comuns e que normalmente é tido por nós como normal é a mentira. Mentimos aos outros e até a nós mesmo esquecendo-nos de que o diabo é o pai da mentira.

O maior inimigo da fé é o medo, e quando tememos a tal ponto que esquecemos da providência divina damos vazão a um outro espírito diferente daquele que Deus nos dá, pois o Senhor não nos oferece um Espírito de covardia. Se a nossa fé é subjugada pelo medo, vamos querer resolver os nossos problemas com a nossa força e estratégias.

Abraão tinha uma promessa de Deus sobre a sua vida, mas ao confrontar Faraó teve medo de morrer e, mentindo, expôs a sua esposa e pôs em risco o futuro de ambos. Corremos o risco de perder a nossa fé quando em momento de provação esquecemos da providência divina.

Com o medo de mostrar quem somos, os pecados que cometemos e os vícios que temos, preferimos viver uma vida mentirosa usando máscaras e capas que escondem a nossa verdadeira personalidade. Se congregamos em uma igreja, cobrimo-nos da religiosidade para passarmos uma imagem de santidade, mas não se brinca com Deus e nada fica oculto para sempre: em algum momento a máscara cai.

O Evangelho de Jesus Cristo implantou o Reino de Deus na Terra para que os nossos olhos espirituais fossem abertos e, assim, não vivermos mais uma ilusão.

Quando nossos sonhos são frustrados e nossos planos desmoronam, sentimo-nos envergonhados e derrotados, o que piora quando os nossos segredos são revelados. A partir daí teremos duas opções: ou nos entregamos aos vícios e pecados ou renunciamos a todos os erros e voltamos ao caminho designado por Deus.

Ao deixarmos a mentira, reconhecendo a nossa fraqueza e admitindo a nossa necessidade de conversão das nossas atitudes, voltamos a nos encaixar nos planos de Deus para as nossas vidas e tudo irá cooperar para o nosso crescimento, ainda que venha com dor.

A restauração do nosso caráter somente poderá ocorrer se deixarmos a mentira e nos escondermos sob as asas da verdade divina.


SÉRIE: ADICÇÕES NA BÍBLIA


ADÃO E EVA - AUTOSSUFICIÊNCIA 

Gênesis 3: 1-24 

O primeiro passo para a transformação do nosso caráter é compreender a causa do nosso problema. Não conseguiremos vencer os vícios e pecados sem primeiro reconhecermos as nossas falhas e buscarmos mudar as nossas atitudes.

O grande erro de Adão e Eva foi querer caminhar fora da direção divina. A distração com os assuntos seculares fechou a visão de ambos para os princípios espirituais. Eles estavam confortáveis com o ambiente no qual estavam e satisfeitos com a vida que tinham que não perceberam que a tentação foi ao encontro deles.

Muitas vezes não é necessário sair em busca de fazer algo errado; o pecado vem ao nosso encontro. Na vida de quem segue a Jesus, o pecado deve ser um acaso e não uma rotina. Quando errarmos, devemos buscar a Deus em oração e à pessoa a quem magoamos para mostrar o nosso arrependimento. Nunca devemos lutar contra as nossas fraquezas com os nossos próprios recursos, pois seremos derrotados.

Deus sempre confronta os Seus filhos porque Ele nos ama, e não adianta se esconder; inventar desculpas não anulam as consequências e colocar a culpa em alguém continua sendo estratégico.

O individuo normalmente envolve-se com as drogas ou com a vida de pecados porque no início ele imaginava tudo aquilo bonito e que aquela prática abriria o seu entendimento sobre o mundo, que não era tão mal como todos falavam e que teria o pleno controle para parar quando quisesse. O engano que o inimigo impõe cega a visão de que esse caminho está levando-o à morte.

Quem entrega sua vida à Cristo passa a ser tudo aquilo que a Bíblia diz que somos, e não o que o diabo quer que pensemos sobre nós mesmo. Para nos levar a pecar, primeiro diz que somos capazes de resolver tudo sozinho; depois que caímos nos vícios e pecados dizem que o indivíduo é um inválido, sem valor e que não merece permanecer vivo. Se nos consideramos cristãos e agimos assim tem algo muito errado em nós. E se Deus dissesse o mesmo ao nosso respeito, onde estaríamos?

Mesmo que tenha pecado não se esconda de Deus. Procure-o! Se Ele te chamar, apresente-se!

Autossuficiência é armadilha diabólica; é uma adicção que afasta a pessoa de Deus levando-a ao desespero e até ao suicídio. Longe do Senhor nada somos; nossas conquistas são efêmeras e a felicidade é passageira, fugaz.

Quando dependemos de Deus recebemos a proteção e o cuidado que como filhos recebemos do nosso Pai.


sábado, 26 de setembro de 2020

 SÉRIE: ADICÇÕES NA BÍBLIA


GIDEÃO – ADICÇÃO: MEDO 

Juízes 6 

 

É possível vivermos sem medo? Até onde ele pode ser prejudicial a cada um de nós? 

A história de Gideão demonstra que os planos de Deus não seguem os padrões humanos e as pessoas que Ele escolhe ou como irá usá-los não são necessariamente da mesma forma que pensamos.  

O povo de Deus estava sofrendo. A fome e a perseguição eram frequentes e não tinha ninguém, aparentemente, capaz de ser usado para libertá-los. Muitos, levados por seu orgulho, consideravam-se aptos, mas o seu coração não era temente ao Senhor suficientemente, e isso impedia que fossem escolhidos para essa missão.  

A pessoa menos provável foi enxergada por Deus. Gideão, ao ser convocado, temeu e seu medo quase o impediu de entrar na história como um dos valentes do Senhor. Esse seu sentimento distorcia a sua visão e invertia os valores. Não o deixava enxergar onde estava a falha do povo e atribuía a Deus a culpa pela situação que passavam.  

Muitos de nós desistimos de viver, ainda que a vida ainda exista em nosso corpo. Comportamo-nos como se já estivéssemos mortos, sem esperanças e nem vontade de lutar. São levados a crer que não têm capacidade para realizar algo com sucesso, ou que não tem nenhuma possibilidade de vencer seus vícios e pecados. Chegam a estar no fundo do poço, mas o seu medo o impede de tomar um impulso para sair daquele estado de conformismo.  

Quem sempre se subestima torna-se alguém que tem medo de arriscar e que prefere ficar em segundo plano. Desiste de sonhar, não quer estudar ou se preparar para algo melhor que Deus tem para a sua vida. Esconde-se atrás dos seus fracassos e confia seus conflitos a pseudos amigos, descontando suas frustrações nas drogas ou nos frutos da sua carne pecaminosa.  

Quando decidimos confiar a nossa vida à Deus não vivemos mais sob o medo patológico. Ele já não mais nos controla, e substituímos esse sentimento pelo temor ao Senhor. Os conflitos em nossa vida continuam a existir, mas o tamanho desse “gigante” torna-se infinitamente menor. Com a coragem que o Espírito Santo nos dá destruímos todos os ídolos que temos em nossa vida que nos impede de enxergar. Muitas vezes temos em nosso altar a incredulidade, a desconfiança e a incerteza, mas a presença de Deus em nós faz com que tudo isso seja substituído pelo prazer de confiar n’Ele. 

Façamos teste com Deus. Ele conhece o nosso coração e responde quando ele vê franqueza em nós. O anjo do Senhor atendeu aos pedidos de confirmação de Gideão, mas não atendeu às provocações dos adversários de Jesus como em Mateus 16. Quando nosso coração está direcionado às coisas do altíssimo temos coragem de dialogar com o Senhor, expondo nossos medos e frustrações. Tomamos posse da afirmação do anjo de que Deus nos ajudará.  

Confiemos nas promessas do Senhor para a nossa vida. Levantemos os nossos olhos e saíamos do lugar do nosso comodismo, pois há algo muito maior nos esperando. Todos os fracassos passados e as amarguras sofridas sejam deixados para trás, pois se esses sentimentos tivessem mudado o nosso passado não estaríamos lutando contra a vergonha hoje. Em Cristo somos mais do que vencedores.  

 

                                     DUAS FACES DE UMA MESMA SITUAÇÃO 

Mc. 15:21 

 

“E obrigaram Simão Cirineu, que passava, vindo do campo, pai de Alexandre e de Rufo, a carregar a cruz de Jesus.” (NAA) 

 

Uma mesma situação pode ser vista de dois ângulos sem que uma invalide a outra. A dor de um pode ser a redenção de outro, e ninguém melhor do que o próprio Jesus para ser o ator principal dessa história.  

Primeiro, vamos falar sobre o sofrimento de Jesus. No início daquela semana Ele era aclamado como “o bendito que vem em nome do Senhor” (Mc. 11: 8-11). Imagino como estava o seu Espírito, sabendo que aquele povo que Ele amava e que O aclamava seria o mesmo que iria pedir a Sua morte 04 dias depois. Não adianta usarmos máscaras e capas, pois Cristo sabe tudo sobre nós. Nada lhe é chegado como surpresa.  

Quando Jesus estava carregando a Sua própria cruz, Ele estava sozinho apesar de uma multidão cercá-lo. Mas o que aconteceu com os seus seguidores? Como em todo tempo da história, poucos são os que permanecem conosco no momento da nossa dificuldade. Para o ser humano, a outra pessoa só tem valor quando está em boa evidência. O único que ajudou a Jesus na Via Dolorosa o fez porque foi obrigado a fazê-lo.  

O cronograma da Paixão de Cristo foi assim: 

  • Depois de beber o cálice com todos os nossos pecados veio a traição;  

  • Depois vieram as surras e a vergonha; 

  • Depois veio a crucificação, a morte e a incredulidade de todos; 

  • E por fim, a vitória sobre a morte! 

Se fosse conosco, não esperaríamos até nem metade desse cronograma. Muitos de nós desistiríamos no início. Na maioria das vezes, não entendemos o motivo pelo qual estamos sofrendo... 

 

Vamos ver agora o outro lado dessa mesma história. Aparentemente, por acaso e numa provável infeliz coincidência, um certo homem vindo da África passa perto da comitiva que levava Jesus à crucificação e foi obrigado a levar a cruz do réu até o Gólgota. “_Por que eu?”. Deve ter se perguntado Simão. _” O que eu fiz para merecer essa vergonha? Estou só de passagem e nem conheço esse homem...”. 

No entanto, a Palavra de Deus nos ensina que ninguém que tem um encontro com Jesus fica da mesma forma que estava. O que parecia ser um acaso tornou-se um encontro que mudaria a vida de Simão, o Cirineu.  

Como já foi dito, Simão era oriundo de Cirene, localizada ao Norte da África. Não se sabe precisar quando ele chegou a Jerusalém, mas é certo que aquele dia e horário foi preparado por Deus para que algo maravilhoso acontecesse com ele. Conta a crença popular que após ele ter ajudado a Jesus, ao chegar em casa contou sua saga à família. Um dos seus filhos, Rufo, já tinha ouvido falar da profecia e seu coração palpitou com a história. O resultado disso é que ele e sua mãe converteram-se ao Evangelho, conforme relatado pelo Apóstolo Paulo em Romanos 16:13. Nesse texto, não cita o nome do Alexandre, possivelmente ele não se destacou como o Rufo, mas era conhecido na época que Marcos escreveu o seu texto. De qualquer forma, quando Marcos escreveu seu Evangelho ele falou de Simão como alguém conhecido por causa dos seus filhos, baseado no relato de Paulo sobre o exemplo que essa família estava dando ao Reino de Deus.  

O encontro de Simão com Jesus, mesmo em um momento de tanta dor para o Senhor, transformou a vida não só daquele homem, mas da sua família que se tornou a primeira família gentia e que se estendeu até os demais compatriotas. Em Atos 2:10 conta que haviam Cirineus no local onde os discípulos foram cheios do Espírito Santo e foram, por consequência, também alcançados pela Palavra de Deus.  

Percebemos nessas duas histórias que: 

  • Servir a Deus não nos livra do sofrimento. Se até Jesus sofreu, porque nós seríamos melhores do que Ele e não sofreríamos também? 

  • Quando servimos a Deus, nosso sofrimento tem propósito. Foi no sofrimento de Jesus que uma família e seus conhecidos se converteram. O nosso sofrimento atraí ou afasta as pessoas de Cristo? 

  • A afronta pode te paralisar ou te motivar. A humilhação imposta por Penina levou Ana a sair do comodismo e buscar em Deus a solução.  

     

     [11] — Bem-aventurados são vocês quando, por minha causa, os insultarem e os perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vocês.  [12] Alegrem-se e exultem, porque é grande a sua recompensa nos céus; pois assim perseguiram os profetas que viveram antes de vocês. (Mateus 5, NAA).