quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

 

CONSEGUIMOS SER, AO MENOS, UM SERVO INÚTIL?

Lucas 17:10

 

Todas as vezes que me deparo com esse texto percebo o quanto estou aquém daquilo que Deus espera de mim. Nem um servo inútil eu sou! Duvida? Vejamos.

No Evangelho de João 21:25, vemos que na época da vida terrena de Jesus não existiam livros suficientes que fossem capazes de conter tudo o que Ele fez aqui na Terra:

     [25] Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez. Se todas elas fossem relatadas uma por uma, penso que nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos. (NAA)

 

Quando leio as advertências de Jesus sobre a nossa fé, fico mais indignado comigo devido a minha letargia:

     [6] Ao que o Senhor respondeu:

    — Se vocês tivessem fé como um grão de mostarda, diriam a esta amoreira: “Arranque-se e transplante-se no mar.” E ela obedeceria. (Lucas 17; NAA).

     [12] Em verdade, em verdade lhes digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai. (João 14; NAA)

 

 

Ou seja, se eu praticasse a minha fé, faria obras maiores do que Jesus fez, obras essas que não caberiam nos livros daquela época. Hoje, se vacilar, não preencho um caderno de 01 matéria...

Percebo que realmente não sou merecedor de nada que eu recebo de Deus (Efésios 2:8-9). Se fossemos recompensados por nossas obras estávamos perdidos! Somos merecedores do inferno, mas Cristo nos oferece o céu. O texto em Lucas mostra-nos que não devemos ser vaidosos com o que somos ou o que temos (II Coríntios 12:7), pois não é por mérito nosso que o recebemos.

Aprendo que Jesus não nos deve nada. Ele é nosso Senhor e não nosso empregado, mas mesmo assim veio nos servir. Assim como os fariseus daquela época, distorcemos a Mensagem do Pai, buscando utilizá-la apenas para satisfazer aos nossos interesses.

Somos levados a questionar a Deus sobre algo que deixamos de receber, mas não investimos nosso tempo em buscar aprender a vontade do Pai sobre nós. Quando 09 dos 12 discípulos não subiram ao monte para participarem da transfiguração, ao invés de buscarem descobrir o motivo pelo qual foram alijados daquele momento ímpar, ficaram discutindo assuntos fúteis e sendo afrontados pela oposição, além de não terem autoridade nenhuma sobre os espíritos imundos (Marcos 9:14-18).

Jesus declarou que Deus O ouvia porque ele fazia a vontade do Seu Pai (João 8:29). Ele mesmo chorou de tristeza devido a incredulidade do ser humano em crer que Ele era o enviado de Deus (João 11:33). Jesus acabara de falar que Ele ressuscitaria a Lázaro, mas mesmo assim não creram n’Ele.

Foi-nos dado o mandamento de amar ao próximo. Logo, amamos e deixamos de amar a quem queremos. Amor não é sentimento, é escolha! Também é imperativo que preguemos o Evangelho, mas poucos de nós o fazemos.

Afinal de contas, estamos sendo ao menos um servo inútil?

sábado, 21 de novembro de 2020

 SÉRIE: ADICÇÕES NA BÍBLIA


ELIAS – AUTOPIEDADE

I Reis 19

 

 

Quantos de nós não ficamos profundamente tristes após uma grande vitória? A frustração vem com a responsabilidade que se assenhora a partir do momento que assumimos uma posição diferente da qual estávamos acostumados, ou depois de ter se sobressaído em alguma situação. Com Elias não foi diferente.

Após uma vitória acachapante sobre os guerreiros e sacerdotes de Baal, que serviam ao rei Acabe, Elias viu-se amedrontado pelas afrontas da rainha Jezabel, mulher gentia que levou a feitiçaria para o trono de Israel. Somado ao seu medo, o servo de Deus iludiu-se com a fama passageira oriunda da sua vitória e imaginou que somente ele servia a Jeová. A soma desses dois sentimentos fez com que ele fugisse e se escondesse.

Na sua fuga, Elias achou-se o homem mais íntegro e correto que existia, e que fora traído e abandonado por todos os seus irmãos. Recusava-se a comer, pois julgava que Deus estava sendo injusto com ele, e que também o havia abandonado. “Como pode, alguém tão íntegro como eu, passar por uma humilhação dessa? Logo eu, um ungido do Senhor...” deve ter pensado assim esse profeta.

E nós, quantas vezes achamos que somos modelos de santidade e de integridade, e que todos os demais são mais indignos do que nós? Quantas vezes julgamos o próximo, ou até mesmo a Deus, crendo que a nossa forma de pensar é a mais correta a ser seguida, desprezando os pensamentos e necessidades alheias?

A bondade do Senhor sobre nossa vida é o que nos mantém de pé. Assim como com Elias, Deus alimenta-nos, fortalece-nos e nos dá direção. Ao invés de reprovar o profeta, Ele enviou socorro e fez com que Elias entendesse que a depressão que ora se instalara em sua vida não era um projeto divino. Se não abrirmos o nosso coração para entender o propósito de Deus para a nossa vida, viveremos enfadados, descrentes de que receberemos algum bem vindo do Senhor. Ao entendermos que nada somos longe de Deus, que a nossa suficiência vem d’Ele e que o nosso ego pode nos levar a perder o foco da visão do Reino, teremos a sensibilidade necessária para deixar o Espírito Santo reinar em nós, e que a misericórdia do Senhor alcança a nós e àqueles que entregarem sua vida a Jesus.

 


terça-feira, 10 de novembro de 2020

 SÉRIE: ADICÇÕES NA BÍBLIA


DAVI – SENSAÇÃO DE IMPUNIDADE

II Samuel 12

 

 Todos nós temos um segredo, algo escondido em nosso coração que não queremos contar a ninguém, quer seja por vergonha ou por orgulho. A Bíblia fala que o pecado não confessado seca os ossos e enfraquece a alma.

Davi, o rei mais famoso entre os judeus, tinha fraquezas de caráter, sobretudo, na área sexual, e acreditava que sendo o soberano daquela nação ele estava impune dos seus erros, e que suas atitudes não seriam contestadas. Ledo engano!

Ao desejar a esposa de um dos seus generais, Davi cometeu adultério, e pensando ter ele o plano perfeito, orientou seus liderados a deixar o esposo da sua amante sozinho no campo de guerra a fim de que fosse morto. Pensava assim que os seus problemas se acabariam e que poderia continuar mergulhado em sua hipocrisia.

Muitos de nós vivemos na ilusão de que podemos fazer qualquer coisa e que nada de ruim nos acontecerá. Os pecados de natureza sexual são os mais comuns e o que mais ilude, pois achamos que isso é uma necessidade fisiológica e que é comum agirmos conforme o desejo da nossa carne. Infelizmente, encontrarmos entre os casados pessoas que são prisioneiras da pornografia, da prostituição e do adultério, vivendo sob uma capa de santidade pensando estar enganando a todos ao seu redor, mas não há nada escondido que não venha a ser revelado.

Assim como com Davi, também somos levados ao confronto. O que antes era tratado no particular passará a ser exposto em público. O momento de prestar contas por seus atos chega e aí saberemos onde estamos firmados. Quando o nosso coração teme ao Senhor, teremos sensibilidade para receber a sua correção; quando não temos essa característica, qualquer palavra de correção torna-se uma ofensa para nós.

Por mais doído que seja, feliz aquele que tem um “Natã” em sua vida, uma pessoa enviada por Deus para corrigir e fazer com que entremos novamente na visão do Senhor. A justiça de Deus é perfeita e alcança a todos os indivíduos, nada passa despercebido aos olhos de Jesus. Somente quando reconhecemos os nossos erros e abrirmo-nos para a correção divina, é que seremos tratados e curados. Entenderemos que não somos impunes aos nossos erros, mas o Espírito Santo nos levará ao arrependimento e nos dará consolo, fortalecendo-nos para passarmos por esse momento de tratamento de caráter convictos de que Deus sabe o que é melhor para nós e que nos dará a saída necessária para os nossos conflitos.  


quarta-feira, 21 de outubro de 2020

 SÉRIE: ADICÇÕES NA BÍBLIA

Ana – Codependência

I Samuel 1

O coração dividido é sempre uma cilada. Elcana, esposo de Ana, sabia disso com muita propriedade. Como sua esposa era estéril, e no objetivo de perpetuar seu nome, ele coabitou com Penina, serva de Ana. Bigamia, Poligamia e adultério sempre irão resultar em conflito.

Penina considerava-se superior, apesar de ser serva, por ter dado filhos ao seu senhor; Ana, entrou na armadilha da agora rival, e vivia depressiva achando-se sem valor e desprezada; Elcana, por sua vez, ficava dividido entre o amor pela esposa e a satisfação paternal conquistada através de Penina.

Para Ana, ter um filho ou filha era só o que importava. Sua vida parecia não ter valor sem que isso fosse realizado. Direcionou seu objetivo de vida para aquilo que ela não tinha controle e isso a levou para o fundo do poço. Como sabemos, muitas vezes temos que piorar para melhorar, e quando tudo parece perdido, é justamente no fundo desse poço que encontramos uma rocha para apoiarmos os nossos pés e tomarmos impulso para a retomada. Nesse momento, Ana decidiu entregar seu problema a Deus e não mais querer resolver sozinha sua situação.

Aprendemos que o melhor momento para começarmos a nossa recuperação é agora, dando uma reviravolta entregando nossos conflitos ao Senhor. Mesmo ainda sem estar grávida, o semblante da Ana mudou quando ele recebeu, e aceitou, a palavra do servo de Deus para sua vida. Depois de tantas promessas humanas, vazias de sinceridade e cheias de ilusões, agora era o momento de dedicar a sua vida e inclinar o seu coração para as palavras do senhor.

Todas as vezes que tentamos resolver nossos problemas com nossas próprias forças, somos abatidos porque não temos o poder de controlar as adversidades. Mesmo que tenhamos dinheiro, poder e fama, podemos ser surpreendidos por uma doença, por um escândalo, uma falência repentina ou um policial à porta procurando-nos.

Muitas vezes preferimos fingir que está tudo bem, fazendo vista grossa para os problemas e fazer de conta de que não está doendo, mas por dentro parece ter uma gangrena, corroendo todo o nosso ser, espalhando-se como um câncer em nossa alma. Vivendo de paliativos, os sintomas passavam por uns instantes, mas depois voltavam com mais intensidade. É o mesmo que tomar um inibidor para a dor da gastrite ao invés de trata-la: quando for ver, já está com uma úlcera.

Quando vivemos pelos velhos padrões, os mesmos que nos levaram para a situação calamitosa pela qual se está passando, nada muda. É estar apegado à falsa esperança de que tudo vai dar certo, mas para termos algo que nunca tivemos temos que fazer algo que nunca fizemos. É o momento de se voltar para Deus, abrindo mão da teimosia e descansando no Senhor crendo que Ele resolverá a nossa situação.

O melhor lugar para estarmos, ao olhar de muitos, é no nosso lar, mas na verdade não há um local mais confortável do que nos braços do Pai. O maior conflito de Ana foi dentro da sua casa, e muitos também sofrem calados oprimidos por seus próprios familiares. Então, mais importante que o nosso lar é a presença de Deus em nós. A partir daí, a presença divina irá contagiar a todos ao nosso redor e nossa casa será um local de paz e harmonia.

Quando Ana tirou o foco do problema e passou a se concentrar na solução, seu quadro mudou. Quando seu objeto de desejo deixou de ser em agradar ao seu marido e em ter um filho e passou a ser em obedecer a Deus, sua visão foi descortinada. Agora, já mãe de Samuel, após desmamá-lo, levou-o ao templo onde ele fora criado por Eli. A partir do momento que o Senhor entrou na equação do seu problema, a presença d’Ele supriu todas as suas necessidades e outros filhos surgiram como recompensa da sua fidelidade.

Se analisarmos a nossa vida e nos perguntarmos qual área da nossa vida temos total controle perceberemos que sem Deus nada somos, pois não controlamos nada. Assim como Ana entregou tudo aos pés de Deus, devemos entregar toda a nossa vida aos pés de Jesus. Devemos trocar a nossa codependência pelas coisas efêmeras por uma total dependência ao Espírito Santo.

 

 

 


segunda-feira, 5 de outubro de 2020

 

O CEGO DE JERICÓ

Marcos 10: 46 – 52

 

Se assim como Salomão tivéssemos a oportunidade de fazer um pedido à Deus, o que pediríamos? Talvez, assim como o jovem rico, faríamos um bom pedido, mas se não houvesse disponibilidade sincera para seguir os conselhos de Jesus de nada adiantaria; ou, a exemplo dos filhos de Zebedeu, iríamos querer uma posição privilegiada. Percebamos que nenhum desses pedidos foram atendidos porque o objetivo não era de acordo ao desejo do Reino de Deus.

Ao contrário dos exemplos acima, Bartimeu era um cego e seu pedido demonstrou humildade. No texto em destaque vemos alguns pontos que devem ser melhor absorvidos:

·         A cegueira espiritual nos marginaliza. Bartimeu era cego e sua condição o forçava a mendigar no caminho. Ele era envergonhado pois muitos passavam por ali e viam a sua situação e alguns ainda zombavam dele. Quando somos cegos, não enxergando que somos pecadores, viramos motivo de chacota e desrespeito alheio. Aparentemente, não temos valor algum, e nos resta viver dia após dia nessa ilusão.

·         Bartimeu ouviu falar de Jesus, ou seja, alguém falou do Filho de Deus para ele, e isso despertou o seu desejo de conhecer o Cristo. É necessário que preguemos a Palavra de Deus e deixar o Espírito Santo fazer a obra que levará o indivíduo ao arrependimento.

·         Quando reconhecemos que temos a necessidade de Deus em nossa vida não devemos cessar de clamar pelo nome de Jesus, ainda que muitos tentem nos demover dessa ideia ou nos afastar desse caminho, gritaremos mais alto o nome do Senhor.

·         Jesus ouve a todos que O chama e Ele restaura o nosso ânimo. Bartimeu, que antes era orientado a se calar e esquecer a Cristo agora é motivado a levantar-se e ir ao encontro do Salvador. Jesus não nos deixa prostrado, Ele nos levanta.

·         Ao se levantar, Bartimeu largou a sua capa. Ela representava o seu passado e era tudo o que ele tinha. Quando vamos ao encontro de cristo devemos estar dispostos a abrir mão de todo o jugo que sempre nos oprimiu, desejoso com a nova vida que teremos a partir do momento que estaremos na presença de Jesus.

·         Jesus sabia da necessidade de Bartimeu, mas mesmo assim perguntou o que ele queria que fosse feito. O desejo do Senhor é que tenhamos intimidade com Ele, que abramos o nosso coração com sinceridade e falemos tudo o que nos aflige, o que nos incomoda. O desejo de Deus não foi implantar uma religião, mas promover a reativação do relacionamento do Pai com a humanidade, perdida por causa do pecado e que pode ser restaurada através do Seu filho, Jesus.

·         Após o encontro com Jesus, Bartimeu teve a sua visão restaurada, e mais do que isso, a sua vida foi transformada. Imediatamente ele seguiu a Cristo pelo mesmo caminho que estava. O local da sua dor é o local da sua cura. Onde ele era humilhado agora passou a ser a passarela para um novo convertido ao Evangelho. O que causava vergonha agora teve que se prostrar para ser pisado por mais um salvo por Jesus Cristo. Quando nos entregamos ao Pai, a nossa realidade muda. Enfrentamos a dificuldade de cabeça erguida e certos da vitória. Quando a cegueira espiritual é tirada, vemos tudo aquilo que estávamos perdendo longe de Jesus, e o local da nossa vergonha passa a ser o nosso caminho de vitória. A glória da segunda casa é sempre maior do que o da primeira.

 

sábado, 3 de outubro de 2020

 SÉRIE: ADICÇÕES NA BÍBLIA


DALILA – TRAPAÇA

Jz. 16: 4-21

 

Dalila, esposa de Sansão na história narrada no livro de Juízes, teve uma vida dedicada ao engano, onde a maior realização da sua vida foi trair e destruí a vida do homem que mais a amava. O pouco relato sobre ela indica que sua essência era de trapaça. Assim como Dalila, muitos de nós vivemos no erro, pois o engano e a dependência por vícios e pecados andam de mãos dadas. Ela foi um mau exemplo de mulher e não deve ser seguida.

Quantas pessoas vivem uma vida de engano como se estivesse numa missão suicida? A preocupação em seguir uma visão secular, que obtenha a aprovação da grande maioria faz com que o indivíduo desista de coisas valiosas que Deus lhe deu, a exemplo da família, dos amigos, da profissão e até do ministério. Entram no adultério, físico ou espiritual, desviando o seu coração dos propósitos divinos e seguindo a vontade da própria carne.

Sempre que andamos no caminho do pecado, a manipulação e a trapaça nos acompanham pois se tornam um estilo de vida. Somos tomados por uma fúria incontrolável, onde nada nos satisfaz e todos os bons valores caem no esquecimento, pois nada mais nos sacia. Perdemos a referência do amor, do altruísmo e até das nossas reais necessidades, sendo levados por buscar prazeres efêmeros que se dissipam na primeira brisa.

Se não é possível dois corpos ocuparem o mesmo espaço ao mesmo tempo faz-se necessário que um ceda lugar ao outro. Temos que nos esvaziar de nós mesmos para nos enchermos daquilo que valorizamos. A Bíblia fala para nos esvaziarmos, despirmo-nos no velho indivíduo para se tornar uma outra pessoa. Acontece que quando ficamos longe do Senhor, esse local vazio em nós será preenchido por comportamentos pecaminosos. Não querendo reconhecer o nosso erro, somos trapaceiros até conosco buscando desculpas e justificativas para as nossas falhas.

A necessidade da aprovação alheia faz-nos ir em busca de uma imagem perfeita, e como isso é algo que beira o impossível, frustramo-nos e chegamos ao ponto de ficar doentes. O desejo de sermos aceitos e aumentarmos o nosso rol de amigos faz com que fiquemos sozinhos, pois faremos relações superficiais sustentadas por uma linha tênue que pode se romper rapidamente. Desta forma, iremos sentir-nos abandonados, desanimados, dispersos da realidade na qual realmente nos encontramos, trazendo descontrole sobre nossas atitudes e escrevendo na história uma imagem que iremos preferir apagar pois não nos trará boas lembranças.

A vitória sobre esse comportamento trapaceiro e manipulador só será possível quando a vida for controlada pelo Espírito Santo que irá nos encher a partir do momento que Jesus for o Senhor e salvador da nossa vida. Com Cristo nos guiando, seremos levados ao confronto com tudo aquilo que nos aprisionava, pois não há vitória sem lutas. A escolha por uma nova vida trará forças para vencermos nossos medos e fraquezas e romperemos com esse ciclo de dependência que só traz engano e destruição. A dor do passado será apenas lembranças de uma vida que não deverá ser repetida, e como testemunho daquilo que Jesus fez e de onde ele nos tirou.

 

 

 


quarta-feira, 30 de setembro de 2020

SÉRIE: ADICÇÕES NA BÍBLIA

SANSÃO – SEXO / NARCISISMO

Jz. 13 – 16

 

Já dizia Salomão que tudo é vaidade, e que a beleza exterior é efêmera. A própria vida ensina-nos isso, pois vemos como o tempo age inexoravelmente sobre todos. Mesmo assim, é comum nos iludirmos com aquilo que é passageiro.

Sansão foi um homem agraciado por Deus com a força e a beleza e aprendemos com a vida desse personagem que nada disso tem valor algum longe do Senhor. Não conseguimos vencer nossas adicções sem a intervenção divina.

Muitas vezes vivemos num mundo de ilusão e imaginamos que o culto ao corpo é tudo o que precisamos. Se formos aceitos pela sociedade, todas as demais coisas serão secundárias. Isso afeta, inclusive, a muitos cristãos, que se escondem atrás de uma máscara de santidade, mas é dependente de pornografia e do narcisismo.

Sob a alegação de que não existe cristão perfeito muitos vivem com uma bengala espiritual, dando desculpas ao seu erro e considerando tudo normal, mas um dia a conta chega. Nada fica encoberto e o confronto é inevitável.

Sansão tinha tudo para entrar na história como um grande homem, cujo nome fosse admirado, mas ele não conseguiu desfrutar e nem compartilhar o amor de Deus e o amor dos outros. Por causa da sua vaidade e da dependência pelo sexo, ele nunca cumpriu o seu propósito na vida.

A Bíblia fala que Deus se afastou de Sansão e ele não percebeu. Quando nossa vida é destinada a satisfazer os desejos da carne fatalmente nos distanciamos do Senhor e a nossa vida entra em regressão. Sansão foi avisado de todas as formas da cilada que ele estava se metendo. Dalila deixou claro que ela estava irritada porque tentava enfraquece-lo, mas não conseguia. O pecado dele o cegou e ele não via a tragédia iminente.

De todos os pecados, os de natureza sexual é o que mais prende o indivíduo, independente do seu gênero. Homens e mulheres são presas fáceis para esse vício feroz e devemos viver em constante vigilância.

Que nós não desperdicemos nossos dons com a nossa satisfação pessoal e que nunca deixemos de dar valor à nossa família, ministério e amigos, valorizando mais os vícios e pecados.

O fim de Sansão foi igual ao de todos os que escolhem andar no erro, ou seja, a cegueira e a morte. Escolha viver para Cristo e tenha vida!