SÉRIE: ADICÇÕES NA BÍBLIA
DALILA – TRAPAÇA
Jz. 16: 4-21
Dalila, esposa de Sansão na
história narrada no livro de Juízes, teve uma vida dedicada ao engano, onde a
maior realização da sua vida foi trair e destruí a vida do homem que mais a
amava. O pouco relato sobre ela indica que sua essência era de trapaça. Assim
como Dalila, muitos de nós vivemos no erro, pois o engano e a dependência por
vícios e pecados andam de mãos dadas. Ela foi um mau exemplo de mulher e não
deve ser seguida.
Quantas pessoas vivem uma vida de
engano como se estivesse numa missão suicida? A preocupação em seguir uma visão
secular, que obtenha a aprovação da grande maioria faz com que o indivíduo
desista de coisas valiosas que Deus lhe deu, a exemplo da família, dos amigos,
da profissão e até do ministério. Entram no adultério, físico ou espiritual, desviando
o seu coração dos propósitos divinos e seguindo a vontade da própria carne.
Sempre que andamos no caminho do
pecado, a manipulação e a trapaça nos acompanham pois se tornam um estilo de
vida. Somos tomados por uma fúria incontrolável, onde nada nos satisfaz e todos
os bons valores caem no esquecimento, pois nada mais nos sacia. Perdemos a
referência do amor, do altruísmo e até das nossas reais necessidades, sendo
levados por buscar prazeres efêmeros que se dissipam na primeira brisa.
Se não é possível dois corpos
ocuparem o mesmo espaço ao mesmo tempo faz-se necessário que um ceda lugar ao
outro. Temos que nos esvaziar de nós mesmos para nos enchermos daquilo que
valorizamos. A Bíblia fala para nos esvaziarmos, despirmo-nos no velho
indivíduo para se tornar uma outra pessoa. Acontece que quando ficamos longe do
Senhor, esse local vazio em nós será preenchido por comportamentos pecaminosos.
Não querendo reconhecer o nosso erro, somos trapaceiros até conosco buscando
desculpas e justificativas para as nossas falhas.
A necessidade da aprovação alheia
faz-nos ir em busca de uma imagem perfeita, e como isso é algo que beira o
impossível, frustramo-nos e chegamos ao ponto de ficar doentes. O desejo de
sermos aceitos e aumentarmos o nosso rol de amigos faz com que fiquemos
sozinhos, pois faremos relações superficiais sustentadas por uma linha tênue
que pode se romper rapidamente. Desta forma, iremos sentir-nos abandonados,
desanimados, dispersos da realidade na qual realmente nos encontramos, trazendo
descontrole sobre nossas atitudes e escrevendo na história uma imagem que iremos
preferir apagar pois não nos trará boas lembranças.
A vitória sobre esse
comportamento trapaceiro e manipulador só será possível quando a vida for
controlada pelo Espírito Santo que irá nos encher a partir do momento que Jesus
for o Senhor e salvador da nossa vida. Com Cristo nos guiando, seremos levados
ao confronto com tudo aquilo que nos aprisionava, pois não há vitória sem
lutas. A escolha por uma nova vida trará forças para vencermos nossos medos e
fraquezas e romperemos com esse ciclo de dependência que só traz engano e
destruição. A dor do passado será apenas lembranças de uma vida que não deverá
ser repetida, e como testemunho daquilo que Jesus fez e de onde ele nos tirou.
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