POVOS, RAÇAS, LÍNGUAS
E NAÇÕES.
É difícil ao homem se submeter a
autoridade divina. O próprio Jesus em visão disse a Paulo que para ele era “...
duro recalcitrar contra os aguilhões” (Atos 9, 5. RC)
Desta forma, entender porque Deus
age de certas maneiras não é cabível ao homem. Uma das provas disso é aceitar
que o Senhor entregou toda a humanidade nas mãos dos principados, exceto a
Israel, povo que Ele escolheu como seu. Vejamos abaixo:
8Quando o Altíssimo separou os povos
e deu a cada povo as
suas terras,
ele marcou as
fronteiras das nações,
dando a cada uma o
seu próprio deus.
9Mas escolheu Israel para ser o seu povo;
os descendentes de
Jacó pertencem ao Senhor. (Dt. 32. NTLH)
O que Moisés está
nos dizendo é que Deus separou a Israel para ser guardado por seus anjos. Aos
demais povos restaram-lhes serem dominados por principados. Desta forma,
podemos entender porque o mundo jaz do maligno, pois todo aquele que não fizer
parte da família de Deus fará parte do grupo do adversário.
Isso parece absurdo.
Será Deus injusto com os demais? Não, absolutamente. A vontade do Pai é que
ninguém se perca.
No tempo da Lei, a
promessa do Senhor era para a nação física de Israel. Não obstante, qualquer
pessoa de outra nação que se aproximasse de Deus seria aceita e participaria da
promessa. A exemplo disso vemos a história de Raabe, a prostituta; e a moabita
Rute. Ambas entraram na promessa e na genealogia humana de Jesus.
O plano perfeito de
Deus não previa o pecado. Ao homem foi dado o domínio de toda a Terra, e Deus não
retroage em seus princípios. Somos os únicos responsáveis por tudo o que
acontece neste planeta. O Senhor não interferirá na Terra que Ele deu ao homem
a menos que a igreja se posicione, conforme II Crônicas 7, 14.
A partir da Graça, a
promessa que era exclusiva da Nação Israel passou também para aqueles que
reconhecessem Jesus como seu Senhor e Salvador, tornando-se Israel Espiritual.
Vejamos o que Paulo fala sobre isso em Colossenses 2 (NTLH):
20 “Vocês morreram com
Cristo e por isso estão livres dos espíritos maus que dominam o Universo
[...]”.
Sendo assim,
entendemos que a ordem dada aos anjos para guardar a nação de Israel
estendeu-se até a igreja neo-testamentária. Aqueles que estão em Cristo não
mais estão sujeitos às potestades e principados que dominam o planeta.
Aqui encontramos
mais um dilema. Em Apocalipse, as cartas às igrejas estão dirigidas aos anjos
daquelas instituições. Esses anjos são seres celestiais, e não os pastores como
muitos pensam. Desta forma, o anjo participa com a igreja da situação que ali está
expressa.
Entende-se que cada
igreja que se abre, Deus designa um anjo para guarda-la. Mas vemos que a última
igreja, Laodicéia, Jesus disse que vomitaria a todos. A menos que a rebelião no
céu ainda continue acontecendo (o que eu duvido), não consigo mensurar a ideia
de Deus vomitar seu próprio anjo (Ap. 3, 16). O entendimento que tenho é que o
anjo que o Senhor designou àquela igreja estava estático, devido a falta de
envolvimento da igreja. Sabemos que os anjos se movem a nosso favor de acordo a
nossa oração, como foi o caso de Daniel, dentre outros. E o anjo que estava
regendo aquele povo agora era uma das entidades das nações. Penso que cada
igreja tenha o seu anjo designado por Deus, mas a forma como o povo se comporta
determinará que esse mesmo anjo fique impossibilitado de atuar, e principados
encontrem legalidade para agirem como se aquela instituição fosse sua.
Muitos profetas tem
tido visões de espíritos nos púlpitos e nas naves das igrejas. O clima desse
povo se enquadra no relatado em Apocalipse 3,16, morno, sem vida nem alegria.
Não expressa a imagem de Cristo. A esse
povo e a esse principado Jesus vomitará.
Essa é a sentença
para quem se afasta dos propósitos do Senhor. A criatura torna-se semelhante a
quem ela adora (Salmo 115, 8).
Apropriemo-nos
daquilo que nosso Deus nos dá. Ele nos chamou para fazermos parte de um povo
seleto. Vejamos II Pedro (NTLH):
“9Mas vocês são a raça escolhida, os sacerdotes do
Rei, a nação completamente dedicada a Deus, o povo que pertence a ele. Vocês
foram escolhidos para anunciar os atos poderosos de Deus, que os chamou da
escuridão para a sua maravilhosa luz. 10Antes, vocês não eram o
povo de Deus, mas agora são o seu povo; antes, não conheciam a misericórdia de Deus,
mas agora já receberam a sua misericórdia.”
Não pertencemos a
este mundo. Estamos nele, mas não somos dele. Pensemos como Paulo em Filipenses
3 (NTLH):
“13 [...] Porém uma coisa eu faço:
esqueço aquilo que fica para trás e avanço para o que está na minha
frente. 14 Corro direto para a linha de chegada a fim de
conseguir o prêmio da vitória. Esse prêmio é a nova vida para a qual Deus me
chamou por meio de Cristo Jesus.
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