sábado, 21 de novembro de 2020

 SÉRIE: ADICÇÕES NA BÍBLIA


ELIAS – AUTOPIEDADE

I Reis 19

 

 

Quantos de nós não ficamos profundamente tristes após uma grande vitória? A frustração vem com a responsabilidade que se assenhora a partir do momento que assumimos uma posição diferente da qual estávamos acostumados, ou depois de ter se sobressaído em alguma situação. Com Elias não foi diferente.

Após uma vitória acachapante sobre os guerreiros e sacerdotes de Baal, que serviam ao rei Acabe, Elias viu-se amedrontado pelas afrontas da rainha Jezabel, mulher gentia que levou a feitiçaria para o trono de Israel. Somado ao seu medo, o servo de Deus iludiu-se com a fama passageira oriunda da sua vitória e imaginou que somente ele servia a Jeová. A soma desses dois sentimentos fez com que ele fugisse e se escondesse.

Na sua fuga, Elias achou-se o homem mais íntegro e correto que existia, e que fora traído e abandonado por todos os seus irmãos. Recusava-se a comer, pois julgava que Deus estava sendo injusto com ele, e que também o havia abandonado. “Como pode, alguém tão íntegro como eu, passar por uma humilhação dessa? Logo eu, um ungido do Senhor...” deve ter pensado assim esse profeta.

E nós, quantas vezes achamos que somos modelos de santidade e de integridade, e que todos os demais são mais indignos do que nós? Quantas vezes julgamos o próximo, ou até mesmo a Deus, crendo que a nossa forma de pensar é a mais correta a ser seguida, desprezando os pensamentos e necessidades alheias?

A bondade do Senhor sobre nossa vida é o que nos mantém de pé. Assim como com Elias, Deus alimenta-nos, fortalece-nos e nos dá direção. Ao invés de reprovar o profeta, Ele enviou socorro e fez com que Elias entendesse que a depressão que ora se instalara em sua vida não era um projeto divino. Se não abrirmos o nosso coração para entender o propósito de Deus para a nossa vida, viveremos enfadados, descrentes de que receberemos algum bem vindo do Senhor. Ao entendermos que nada somos longe de Deus, que a nossa suficiência vem d’Ele e que o nosso ego pode nos levar a perder o foco da visão do Reino, teremos a sensibilidade necessária para deixar o Espírito Santo reinar em nós, e que a misericórdia do Senhor alcança a nós e àqueles que entregarem sua vida a Jesus.

 


terça-feira, 10 de novembro de 2020

 SÉRIE: ADICÇÕES NA BÍBLIA


DAVI – SENSAÇÃO DE IMPUNIDADE

II Samuel 12

 

 Todos nós temos um segredo, algo escondido em nosso coração que não queremos contar a ninguém, quer seja por vergonha ou por orgulho. A Bíblia fala que o pecado não confessado seca os ossos e enfraquece a alma.

Davi, o rei mais famoso entre os judeus, tinha fraquezas de caráter, sobretudo, na área sexual, e acreditava que sendo o soberano daquela nação ele estava impune dos seus erros, e que suas atitudes não seriam contestadas. Ledo engano!

Ao desejar a esposa de um dos seus generais, Davi cometeu adultério, e pensando ter ele o plano perfeito, orientou seus liderados a deixar o esposo da sua amante sozinho no campo de guerra a fim de que fosse morto. Pensava assim que os seus problemas se acabariam e que poderia continuar mergulhado em sua hipocrisia.

Muitos de nós vivemos na ilusão de que podemos fazer qualquer coisa e que nada de ruim nos acontecerá. Os pecados de natureza sexual são os mais comuns e o que mais ilude, pois achamos que isso é uma necessidade fisiológica e que é comum agirmos conforme o desejo da nossa carne. Infelizmente, encontrarmos entre os casados pessoas que são prisioneiras da pornografia, da prostituição e do adultério, vivendo sob uma capa de santidade pensando estar enganando a todos ao seu redor, mas não há nada escondido que não venha a ser revelado.

Assim como com Davi, também somos levados ao confronto. O que antes era tratado no particular passará a ser exposto em público. O momento de prestar contas por seus atos chega e aí saberemos onde estamos firmados. Quando o nosso coração teme ao Senhor, teremos sensibilidade para receber a sua correção; quando não temos essa característica, qualquer palavra de correção torna-se uma ofensa para nós.

Por mais doído que seja, feliz aquele que tem um “Natã” em sua vida, uma pessoa enviada por Deus para corrigir e fazer com que entremos novamente na visão do Senhor. A justiça de Deus é perfeita e alcança a todos os indivíduos, nada passa despercebido aos olhos de Jesus. Somente quando reconhecemos os nossos erros e abrirmo-nos para a correção divina, é que seremos tratados e curados. Entenderemos que não somos impunes aos nossos erros, mas o Espírito Santo nos levará ao arrependimento e nos dará consolo, fortalecendo-nos para passarmos por esse momento de tratamento de caráter convictos de que Deus sabe o que é melhor para nós e que nos dará a saída necessária para os nossos conflitos.